*Por Bruna Quaglia Colmann
No primeiro semestre de 2022, realizei a minha monografia – utilizada também como trabalho de conclusão de curso, o tão famoso TCC – na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), no curso de jornalismo. O assunto escolhido por o jornalismo para crianças.
Após participar de um curso de jornalismo infantojuvenil pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), ministrado pela editora-chefe do Jornal Joca, Maria Carolina Cristianini, fiquei com uma grande vontade de falar sobre o tema no meu trabalho acadêmico – e assim foi! Crianças, educação e jornalismo sempre foram áreas que fizeram meus olhos brilharem e descobrir que existia um jornalismo especializado para esse público foi realmente incrível.
O meu TCC, portanto, pretendia responder à seguinte questão/ problema de pesquisa: como o jornalismo infantojuvenil pode exercer um papel educativo? A partir da análise de conteúdo de 5 reportagens impressas do Jornal Joca sobre o rompimento da barragem em Brumadinho – MG, constatei que o jornalismo infantojuvenil consegue ser educativo quando aplica os recursos e características de sua própria área (ou seja, quanto mais adaptada às crianças for a linguagem), quanto mais os termos forem explicados e quanto mais contextualizados forem os fatos (3 principais pilares do jornalismo infantojuvenil, de acordo com Cristianini (2022)), mais educativo será o jornal e, consequentemente, suas produções jornalísticas.
Antes de chegar efetivamente aos resultados e conclusões do estudo, realizei uma pesquisa bibliográfica dividida em 4 seções. A primeira discorre sobre a relação entre a comunicação e a educação, passando por conceitos como educomunicação, alfabetização midiática e mídia-educação. A segunda estabelece a definição de jornalismo infantojuvenil, utilizando como principal base teórica o livro ‘Pequeno leitor de papel: um estudo sobre o jornalismo para crianças’, de Doretto (2013).
A terceira seção traz elementos relacionados ao jornalismo e às tragédias ambientais, já que o tema central das reportagens analisadas era o rompimento da barragem em Brumadinho – MG. A quarta seção apresenta ao leitor, de forma mais detalhada, o Jornal Joca – sua cobertura de temas ambientais e do caso Brumadinho –, partindo, então, para a análise. A monografia foi defendida em uma banca que aconteceu em julho de 2022, na PUCPR, em Curitiba – PR, e obteve nota 10. Leia aqui o trabalho na íntegra.
Realizar este TCC foi um enorme desafio para mim, algo que com certeza me fez crescer em muitos aspectos. Apesar de não encontrar tantas pesquisas acadêmicas específicas sobre a relação entre o jornalismo infantojuvenil e a educação, ou sobre o Jornal Joca, a literatura sobre essas áreas confluiu para um resultado muito bonito, que naturalmente se delineou à minha frente.
Fico feliz por ter estudado sobre um tema que acho tão importante e interessante! Aproveito, também, para agradecer imensamente pelo espaço cedido neste blog pela Juliana Doretto. Foi (e ainda é) surreal ter conhecido – mesmo que virtualmente – a jornalista que escreveu o livro que é a principal referência da minha monografia. Esse fato, aliado a vários outros, com certeza fez com que todo esforço valesse a pena.